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Dsei-Leste faz testagem em massa para Covid-19 em comunidades indígenas de Roraima

O Distrito Sanitário Especial Indígena do Leste de Roraima (Dsei-Leste) realiza mapeamento de casos de coronavírus e testes rápidos em massa nas comunidades indígenas do estado.

A ação ocorre desde novembro deste ano, devido ao alto índice de subnotificações da doença, que são casos não notificados ou pessoas não testadas. A iniciativa visa planejar o controle e diminuição do impacto da segunda onda de coronavírus entre indígenas.

Conforme o enfermeiro do setor de epidemiologia do Dsei-Leste, Kennyson Rodrigues, esta é a terceira etapa da testagem em massa, que ocorre no município de Amajari. Na primeira fase foram realizados 597 testes, destes, 245 tiveram resultado positivo. Ele explicou que entre os 52 mil indígenas que vivem no estado, apenas 10% fizeram os testes de Covid-19.

"Faremos o mapeamento do vírus e depois analisaremos este estudo. Por isso, estamos realizando estes testes. Todas as comunidades passaram por testagem para Covid-19 durante a operação do Governo Federal, mas não em massa. Isso gerou um alto índice de subnotificações. Para mudar este cenário, vamos planejar ações para ajudar as comunidades", relatou.

INDÍGENAS EM RR

De acordo com Rodrigues, ao todo, o Distrito atende 348 comunidades, divididas em 34 polos bases em onze municípios, sendo estes: Boa Vista, Alto Alegre, Amajari, Bonfim, Cantá, Normandia, Pacaraima, Uiramutã, São João Da Baliza, São Luís do Anauá e Caroebe.

A população atendida pelo Dsei-Leste são os povos da etnia Macuxi, Wapichana, Ingarikó, Patamona, Taurepang, Sapará e Wai-Wai, com mais de 48 mil habitantes, conforme o censo demográfico de junho de 2017.

"Existem muitas pessoas que vivem em localidades distantes que nem sabem que pegaram a doença e sofrem com a falta de assistência. Com esse trabalho queremos ajudar esta população. No pouco tempo que já estamos atuando recebemos o apoio de todos", completou.

Segundo o enfermeiro, o trabalho continua nas comunidades enquanto durar a pandemia e deve ampliar a oferta de atendimentos.

"Queremos também realizar atendimentos relacionados à malária, que está em incidência nestas regiões, e o projeto deve continuar por tempo indeterminado", finalizou.

 

(Fonte: Portal Roraima em Tempo)

Publicado em 22/12/2020