O Secretário Especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva, apresentou, na última sexta-feira (23/04), o panorama da vacinação dos povos indígenas a embaixadas e a organismos internacionais durante a Sessão Informativa do Ministério das Relações Exteriores.
O Secretário informou que 76% dos indígenas maiores de idade e que são atendidos pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSus) e especificidades da ADPF 709 já receberam a primeira dose do imunizante contra a Covid-19. Em relação à segunda dose, a porcentagem dos imunizados está em 60%, o que equivale a 245.888 pessoas.
Durante a apresentação, o Secretário reforçou os desafios que os profissionais de saúde enfrentam para chegar às aldeias em áreas de difícil acesso e lembrou que a vacinação dos povos indígenas é algo recorrente. E que estamos, inclusive, no Mês da Vacinação dos Povos Indígenas (MVPI), que é uma estratégia utilizada para intensificar a vacinação em áreas indígenas visando melhorar a cobertura vacinal, principalmente em áreas de difícil acesso e com baixa cobertura vacinal e ocorre entre o período de 22/04 e 21/05/2021.
Em paralelo à vacina contra a Covid-19 e ao MVPI, a SESAI também realiza a campanha de vacinação contra a Influenza nas mais de 6 mil aldeias de todo o país. Com o objetivo de reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus, a campanha teve início em 12 de abril e vai até 09 de julho.
A apresentação foi de extrema importância para apresentar à comunidade internacional informações reais e atualizadas sobre o avanço da vacinação entre a população indígena.
O Secretário Robson participou também da 20ª Sessão do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas, um evento do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas (ONU), na última quarta-feira, 21 de abril.
A exposição do Brasil contribuiu para a discussão sobre questões relacionadas ao enfrentamento da COVID-19 em áreas indígenas. O secretário destacou, em seu discurso, que as ações de enfrentamento da COVID-19 começaram a ser adotadas em janeiro de 2020, pelo Ministério da Saúde/Governo Federal, antes mesmo da decretação da pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), publicada em março do mesmo ano.
A SESAI implementou planos de contingência; capacitação para gestores e colaboradores; criação de Comitês de Crise com a participação dos indígenas; aquisição de testes, materiais e insumos para todos os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI); implantação de centros de referência específicos para diagnóstico e tratamento da COVID-19 e contratação de mais profissionais de saúde indígena.
“O Brasil vem atuando com total respeito às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e às recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para reduzir os impactos da pandemia entre populações indígenas”, afirmou Robson Santos da Silva. E destacou ainda que a legislação brasileira estabelece que o Governo Federal deve prover serviços de saúde para os povos que vivem em terras e territórios indígenas. A responsabilidade sobre a população indígena que reside em áreas urbanas ou rurais é dos Estados e municípios conforme a gestão tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS).
(Fonte: Sesai)
Publicado em 05/05/2021