Com o objetivo de fomentar o conhecimento na comunidade indígena, trocar experiências e apresentar aos jovens sobre as técnicas de como fabricar os remédios caseiros, indígenas da Região do Tabaio, na terra sagrada, participaram na última semana de uma Oficina de Medicina Tradicional Indígena. Além dos membros da comunidade, os profissionais da saúde que atuam no Distrito Especial Sanitário Indígena (DSEI), Leste Roraima, também acompanharam a fabricação destes remédios realizados pelas mulheres indígenas que já dominam as práticas e técnicas no tratamento e cura de doenças. 

Coordenador Local da Fundação São Vicente de Paulo (FSVP), de Paraopeba (MG), no DSEI Leste Roraima, Aldemar de Brito, destacou a importância dos profissionais que prestam estes serviços nas comunidades conhecer um pouco sobre medicina tradicional indígena. Para ele “o profissional precisa estar preparado para trabalhar nestes cenários de diversidade cultural diversas e principalmente respeitá-las”.

Por meio da conservação cultural e baseada no conhecimento empírico, a medicina tradicional indígena abrange bem mais do que o uso das ervas na cura das enfermidades, mas é composta por mitos, rituais e fé.  Atualmente, a utilização de alguns medicamentos fitoterápicos ultrapassou as barreiras destes povos e são muito utilizados como é o caso do óleo de copaíba para combater gripes, bronquites, a semente de sucupira, poderoso anti-inflamatório.