Com o intuito de evitar a disseminação do coronavírus na Terra Indígena Manoá-Pium, líderes de comunidades anunciaram o isolamento total a fim de evitar a contaminação dos povos que vivem na região. O "lockdown indígena", como foi chamada a medida, deve durar 15 dias.
A decisão de fechar a Terra Indígena para pessoas que não moram na região foi tomada em assembleia realizada no último domingo,31. O lockdown entra em vigor nesta sexta-feira, 06 e segue até 20 de junho, podendo ser prorrogado caso a situação se agrave.
Localizada na região da Serra da Lua, em Bonfim, no Norte de Roraima, a Terra Indígena é formada por seis comunidades, onde vivem cerca de 3,2 mil índios das etnias Wapichana e Macuxi.
A vigilância será feita pelos próprios indígenas seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Durante o período do isolamento, será permitida apenas a entrada de carros para serviços de extrema necessidade, como veículos de remoção de pacientes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), de energia elétrica, internet e carros de funerária.
Além disso, a passagem será liberada para órgãos como Ministério Público Federal e Estadual, Secretaria Estadual de Educação, Polícia Federal, Ministério da Justiça, Exército e Funai.
Integram a Terra Indígena as comunidades Pium, Manoá, Altarraia, Cumarú, São João e Cachoeira do Sapo.
Assinaram o documento que autoriza o lockdown indígena lideranças das comunidades Pium, Manoá-Novo Paraíso, Cumarú, Cachoeirinha do Sapo, Novo Paraíso e São João. (Com informações do G1)
Publicado em 02/06/2020