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Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, indígenas recebem ações direcionadas sobre o tema

Dando continuidade as ações alusivas ao Dia Internacional da Mulher e a Campanha Março Lilás, que chama a atenção para os cuidados com o câncer do colo do útero, aconteceu nesta sexta-feira, 11, nas aldeias Kotakowinakwa e dolowikwa, no município de Juína, Mato Grosso (MT) diversas ações voltadas às indígenas da etnia Enawene nawe. A iniciativa promovida pela equipe do Polo Base Brasnorte, do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Cuiabá tem como foco incentivar a realização do exame preventivos, citologia ou colpocitologia oncóticade, conhecido como PCCU, e informar sobre como prevenir a doença.

De acordo com a enfermeira Letícia Natércia nas palestras, além do tema, o grupo busca explicar aos indígenas sobre o tratamento, sinais e sintomas do câncer do colo de útero. “Mulheres com câncer de colo do útero em estágio inicial geralmente não apresentam sintomas ou muitas vezes só começam quando a doença se torna invasiva e acometa os tecidos próximos, por isso a necessidade de exames periódicos para o diagnóstico precoce”. Quando os sintomas começam a aparecer geralmente são sangramento vaginal; período menstrual mais prolongado que o habitual; secreção vaginal com sangue; sangramento após a menopausa e relação sexual, bem como dor durante a relação sexual e dor na região pélvica. Os tratamentos são específicos e conforme o grau de estágio da doença, mas inclui cirurgias, radioterapia e quimioterapia.

Para o Dalyamase Enawene, o trabalho desenvolvido pela equipe tem contribuído para sanar dúvidas acerca de doenças ainda pouco conhecidas nas aldeias. “Muito bom o cuidado que equipe de saúde têm com as mulheres, sobre trazer sobre as doenças, explicar direito, trazer lembranças. Mulheres Enawenero gostaram muito da ação” disse. A atividade contou com a participação de quase 30 indígenas e foi desenvolvida pelo médico Rafael Lobo, a enfermeira Letícia Natéricia, as técnicas em enfermagem Cleiziane Moreira, Maria Aparecida e Laura Andrea com apoio dos Agentes Indígenas de Saúde (AIS) da comunidade local, Lolawena, Yotosi e Lalokwarise e o tradutor Dalyamase.

Publicado em 13/03/2023